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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Considerações para recém casados


Eu já falei sobre isso no blog antigo, mas percebo que é um assunto que nunca sai de moda! Tenho VÁRIOS amigos recém casados e outros prestes a sê-lo e me sinto na obrigação de informá-los de algumas coisinhas...

Primeiro o texto antigo e, no final, uns puxões de orelha bem recentes!


Quero desmascarar uma mentira deslavada que quase todo mundo conta por aí e que temos a tendência de acreditar, pois ela até parece “lógica”... COMEÇO DE CASAMENTO NÃO É SÓ LUA DE MEL!!!! COMEÇO DE CASAMENTO NÃO É UM CONTO DE FADAS ONDE TUDO É LINDO E PERFEITO!!! 
Mas não chorem ainda, tem mais...
É engraçado, quando você casa, simplesmente TODO MUNDO que você conhece, sempre que te encontra, já vem com as frases prontas: “ah, nem fui visitar sua casa nova porque a lua de mel ainda não acabou, né?”; “E ai, fazendo muito sexo???”; “Ai que fofa, aproveita esse momento viu? Agora tudo está perfeito entre vocês...” daí você pára e fica pensando...”QUE???”, “COMO ASSIM???’, “HEIN!??¹’ e começa a se sentir mal porque na verdade nem tudo está perfeito, a essa altura vocês já tiveram a primeira briga conjugal, provavelmente por uma besteira sem tamanho, como o fato de ele nunca colocar a toalha no lugar ou então, porque você não consegue colocar o gato pra fora... e daí você pensa que o seu casamento está destinado ao fracasso, que vocês vão entrar na estatística e serão o único casal a se separar de alguns outros dois que você conhece, afinal, todos estão falando quão perfeitas as coisas deveriam estar e você está percebendo que nem tudo está daquele jeito... e o resultado minha flor, é que se sua cabecinha for um pouco fraca, você vai direto pra estatística mesmo... MAAASS não se desespere... estou aqui para mudar essa triste história.
Pensa comigo!!!! Por mais amigos que você e seu namorado fossem, por mais que se conhecessem bastante antes de casar, as chances de acontecer algo errado a partir do momento que começam a MORAR JUNTOS é enorme... se vocês se amam, tentem lidar com as conseqüências... sejam maduros para assumir o que fizeram e consertem qualquer problema que surgir no caminho... e meu bem, ELES VÃO SURGIR!!  Imagine duas pessoas que foram criadas de maneiras diferentes, que viveram experiências de vida diferentes, que muitas vezes têm idéias completamente diferentes do que deve ser uma casa, de repente, se mudando para um mesmo ambiente e tendo que conviver ali dentro, senão 24 horas por dia, simplesmente todas as horas em que não estejam trabalhando... queridos, isso pode virar O INFERNO!!!
Calma, não estou dizendo que VAI virar... estou dizendo que PODE VIRAR, se você não ficar esperto(a) e der atenção a essas frases prontas que as pessoas têm para os recém casados e começar a achar que seu casamento é uma fraude, porque você não está saltitando de felicidade toda vez que encontra a tampa da privada erguida...
É o seguinte, pelo menos o primeiro ano, e olhe lá se esse prazo não se estender para os primeiros 2, 3 anos de casamento, tudo será um ajustamento, uma fase de junção de duas vidas em uma... isto deveria ser óbvio, mas parece que não é... evidentemente o casal terá suas briguinhas, e o mais irritante é que geralmente serão por motivos idiotas, mas são esses motivos que surgem quando duas pessoas com criações diferentes decidem viver juntas (e quando digo “criações diferentes” quero dizer que vocês não são irmãos e não têm os mesmos pais... não adianta querer se iludir pensando – “ah, mas nós somos da mesma classe social, gostamos das mesmas músicas, fomos criados praticamente da mesma forma, provavelmente vamos nos adaptar muito mais fácil” - MENTIRAAA!!! Se vocês não são irmãos (e eu espero que não sejam!!!), as dificuldades de viver na mesma casa virão... e não estou rogando praga!!! Só quero abrir os olhos dos neófitos na arte de casar, para ver se consigo diminuir o índice de divórcios... (no fundo é um motivo egoísta, vai me dar menos trabalho no Fórum... rsss)
Brincadeiras à parte é evidente que desentendimentos virão, especialmente no começo do casamento, quando os dois estão tentando se ajustar um ao outro... até nas pequenas coisas, que podem virar grandes coisas se você não tiver a cabeça no lugar...
Ok, tudo bem, estou percebendo que vocês não estão me entendendo... então, terei que usar um método mais drástico... dar exemplos catastróficos... vamos lá...
“Ele” adoraaaa jogar vídeo game... “ela” sempre achou isso uma baita criancice, mas deixava ele se divertir enquanto ainda não eram casados, afinal, ele jogava na casa dele, quando ela não estava por perto e eles tinham o final de semana inteiro para namorar, sem que nenhum personagem idiota entrasse no caminho... acontece que depois de casados, em qualquer momento que ele quiser jogar, ela saberá que ele está jogando e percebeu logo nas primeiras semanas de casados que ele costumava jogar TODO SANTO DIA depois que chegava do trabalho...
Nos primeiros dias, ela fingiu que não via, até mostrou algum interesse na história do jogo que ele apresentou com tanto entusiasmo... depois, ela começou a pensar “que perda de tempo!! Por que a pessoa não vai ler um livro ou fazer sexo com a mulher ao invés de ficar jogando vídeo game com crianças de 10 anos do outro lado da tela?” ela começou a dar indiretas de que ele estava jogando demais, de que poderiam gastar aquele tempo de outra forma mais interessante... achou que ele estivesse entendendo, mas percebeu que os jogos continuavam.. até que ela teve que tomar atitudes mais drásticas... começou a aparecer na frente dele sem roupa... pelo menos assim, conseguia ganhar do personagem ÀS VEZES, masss, o fato de ter que tomar essas medidas a deixava um pouco chateada... as mulheres querem ser apreciadas também com roupa... então, ela começou a ser mais direta “VC NÃO VAI MAIS JOGAR TODOS OS DIAS, ENTENDEU? NO MÁXIMO 2, 3 VEZES POR SEMANA ENQUANTO VOCÊ DESINTOXICA SEU CÉREBRO... DEPOIS MENOS AINDA!!! ENTENDEU????’ daí ele baixou a cabeça, porque sabia que tinha chegado no limite e ela se sentiu a mãe dele... coisa absolutamente broxante para qualquer mulher... MASSSS se você tiver a minha sorte, seu maridinho entende um BOM “chega pra lá”... agora ele joga no máximo 1 ou 2 vezes por semana e assiste Discovery channel, history channel e está cheio de bons assuntos para comentar na mesa do jantar... MUITO MELHOR.
Porém, entretanto, todavia, essas brigas por causa do maldito vídeo game renderam pelo menos uns 2 meses de recém casada, sem a harmonia perfeita e a lua de mel dos sonhos que todos falavam nos meus ouvidos...
Crianças, é isso... se vocês acreditarem em tudo que dizem por aí, vão ficar loucos! O que eu acho mais engraçado é que algumas das pessoas que falam isso, já foram casadas, são casadas e provavelmente passaram por situações ainda piores do que essas que citei, ou seja, estão perfeitamente cientes de que começo de casamento é um período de ajustes, que nada tem a ver com o conto de fadas que eles espalham aos recém casados... então me pergunto, por que continuam a fazer isso??? Resposta: Porque alguém fez com eles e eles precisam bagunçar a cabeça de outros recém casados, como fizeram com eles... Portanto, não se deixe entrar nessa roda de loucos e da próxima vez que vir um recém casado, parabenize pela decisão madura de se unir a outra pessoa, mas dê o conselho para que seja flexível, aproveite todos os momentos deliciosos que vão surgir, mas não se assuste quando as brigas vierem, apenas aceite que todo casal passa por isso e que ajustes são possíveis... quem sabe daqui uns 10 anos, depois que ambos já tiverem um conceito do que querem que seja “viver juntos” estabelecido, a convivência diária será totalmente pacífica.... mas, daí, talvez não tenha tanta graça...


CONSELHOS PRÁTICOS DA TITIA VAN:
1-      Não pense em voltar para a casa dos pais quando vocês brigarem, pois isso não resolve problema algum! As mulheres geralmente têm esse ímpeto mais forte, de buscar o colo dos pais em qualquer briga com o novo marido, mas precisam entender que sua casa agora é com a pessoa que você escolheu para compartilhar sua vida e é nessa casa que você vai resolver seus problemas agora!

2-      Não pense que se fosse com outra pessoa (ex namorado, amigo ou um desconhecido) o começo seria diferente... TODO começo de casamento é feito de AJUSTES e ajustes são um pé no saco!!!! Bem diferente daquela emoção deliciosa dos preparativos pro casório, da lua de mel, do cheirinho de casa nova!!

3-      Eu já cansei de dizer aqui, que iniciar uma vida a dois é trazer duas pessoas DIFERENTES para morar no mesmo cubículo (geralmente a casa de recém casados é pequena RS) e ainda dividir contas que ficaram pendentes, da festa do casamento e da viagem! O começo da vida a dois tem tudo pra ser um fracasso!!! RS Então, tenham isso em mente, que a fase é de AJUSTES e não queiram desistir de tudo logo de cara, pois qualquer outro casamento seria a mesma coisa, senão pior! (se você tem um parceiro compreensivo, agradeça aos céus! Pois, agüentar essa fase com alguém estressadinho é pior ainda!)

4-      Haverá momentos em que você vai precisar fazer força para SE CONCENTRAR nas qualidades dele(dela), pois os defeitos estarão em evidência (você vai descobrir que ele(ela) acorda de mau humor, que deixa as roupas jogadas pela casa, que não lava a louça porque acredita que VOCÊ deveria lavar), mas tenha em mente que isso É UMA FASE!

A maneira mais fácil de passar por esse começo de casamento é conversando! O casal precisa colocar em pratos limpos o que espera do outro. Inclusive em relação às coisas mais básicas (quem vai lavar a louça? Vamos revezar? Se só eu for lavar a louça, então você pode ter alguma tarefa só sua também) esse papo é saudável e vai evitar discussões por motivos bestas e que tanto desgastam o conto de fadas.

5-      NÃO FALE DO SEU EX E NEM DA EX DELE (E VICE VERSA)!!! Não ressuscite os mortos dentro da sua própria casa!!! Lembre-se que você não mora no IML e só lá, eles fazem exumação de cadáver!!!!! A imagem é forte???? Pois é de propósito!!! Pra você saber que cada vez que exuma um cadáver de ex, com seu novo amor, a coisa fede!!!!! O que passou, passou, não precisa ser relembrado para nada! Inclusive, porque você não quer que, num momento de raiva, seu amor comece a pensar no que tinha de bom com aquele cadáver e que agora não está tendo com você, PORQUE VOCÊ O(A) ESTÁ FAZENDO LEMBRAR DO CADÁVER!!!! A única pessoa que seu amor precisa saber que existe é VOCÊ!! Então fale com ele(ela) sobre VOCÊ!! Afinal, foi com você que ele(ela)casou, não foi?

Por fim, só quero dizer que a vida é feita de fases... falei bastante disso no “Levei um Fora e Agora?” e tudo passa!  Quando a situação beirar o insuportável, lembre-se dos motivos pelos quais escolheu essa pessoa para estar ao seu lado. Certamente existem muitas qualidades nele(a) que você simplesmente ama! E isso que vai mantê-los unidos e vai ajudá-los a superar as dificuldades!
Não sou contra o divórcio (todos podemos cometer erros, inclusive na escolha do parceiro), mas depois de tanto esforço e vontade de viverem juntos, acho que é preciso tentar de tudo para que o casamento dê certo, especialmente lembrando que começo é difícil, mas passa!!
Hoje, acredito no conselho que minha mãe sempre me deu – a tendência da convivência a dois é melhorar a cada ano! Então, não dê tanta importância a essa fase inicial, pois a tendência é melhorar e MUITO!

Beijocas matrimoniais pra vocês!!!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O Chile de Valdívia



Para quem nunca teve a experiência de conviver com um chileno ou, melhor ainda, de visitar o Chile, conto minha experiência pessoal sobre isso.

Meu professor de espanhol era chileno. Até começar a balbuciar “yo y tu” com ele, eu sequer lembrava que o Chile existia (era só uma tripinha esticada no lado esquerdo do mapa). No decorrer daqueles 2 anos que convivi semanalmente com esse professor (casado com uma brasileira e vivendo no Brasil há alguns bons anos), fiquei com vontade de entender porque seus olhos brilhavam quando falava em sua terra natal. Seu jeito de se comunicar era muito parecido com o jeito do Valdivia (chileno que está na moda agora)... um jeito que a princípio (especialmente para brasileiros) pode ser confundido com ingenuidade ou inocência, mas que no fundo trata-se de confiança na bondade e no discernimento alheios. Parece uma pessoa que está sempre esperando ser tratado da mesma forma que trata os demais, com educação e consideração. E isso nos assusta e intriga, pois nós brasileiros estamos acostumados a esperar sempre por um “puxão no tapete” ou alguma desonestidade “normal”.

Depois de um ano guardando dinheiro, fomos eu e o namorido visitar a tripinha! Nossa primeira viagem internacional. Tivemos várias surpresas muito boas! Primeiro que aquela viagem foi programada como um mochilão autêntico... colocamos as malas nas rodinhas (melhor que nas costas!), mapa nas mãos e fomos em frente! Viajamos de Santiago a Viña del Mar (cidade praiana do Chile) de ônibus e após sair da rodoviária, ficamos vagando com nossas malas pelas ruas, procurando por algum posto turístico que informasse onde poderíamos passar a noite.

Claro que estávamos apreensivos por caminhar em ruas desconhecidas, com todo nosso dinheiro e roupas à mostra... de repente, um casal nos aborda na calçada e pergunta se somos estrangeiros... nosso primeiro instinto foi dar um passo para trás e garantir uma distância segura do casal intrometido. Com cara de desconfiados respondemos “Sim, somos brasileiros”. A senhora perguntou, então, se tínhamos onde ficar. Mais uma vez, imaginamos que aquilo deveria ser um golpe comum contra turistas e ela provavelmente ofereceria algum “moquifo” de bandidos que conhecia, onde poderíamos ser roubados com mais tranqüilidade (fora das vistas do pessoal da rua)... eu disse, já com cara feia, “não, ainda não temos onde ficar, mas vamos perguntar no posto turístico”. Ela sorriu e desandou a falar, em seu espanhol corrido, onde ficava o posto turístico mais próximo, onde existiam restaurantes bons e baratos para comermos, como poderíamos pegar o ônibus circular para chegar à praia, quais regiões hoteleiras eram mais confiáveis, etc, etc... a certa altura, seu marido que a tudo assistia calado, percebeu minha surpresa com tantas informações GRATUITAS e disse à sua amável esposa “Querida, mais devagar, fale mais devagar para que eles entendam perfeitamente!”.. ela se desculpou e continuou nos guiando “más despacio!”.

Depois de agradecer muito àquele casal e virarmos as costas, eu e o namorido abrimos um sorriso imenso e nos sentimos bem por estarmos no Chile! Que povo simpático!!

Resolvemos que a primeira dica que seguiríamos daquela senhora seria como chegar na praia! O hotel poderia esperar, a sede por praia era maior! Fomos com mala e tudo!
No ônibus lotado, um moço foi rápido em ceder seu lugar pra mim e minhas malas a tiracolo... descemos na desejada praia e só então, meio constrangidos, percebemos que teríamos que encontrar um lugar para deixar a bagagem...

Com minha cara de pau de viajante, perguntei ao salva vidas se poderia olhar, só por alguns minutos, nossas malas para que pudéssemos colocar os pés na água... ele abriu um sorriso enorme e disse que não nos preocupássemos, poderíamos deixar as malas junto do seu posto e caminhar pela praia o quanto quiséssemos... elas estariam seguras.

Mais uma vez, desconfiei da bondade do salva vidas... mas já que nós mesmos tínhamos nos colocado naquela situação, resolvi confiar um pouco.

Eis que caminhamos, molhamos os pés na água (friiiia), tomamos uma água no quiosque (água com gás – única que achamos no Chile inteiro!!! E não água de côco, pois era um “absurdo” procurá-la na praia, TALVEZ encontrássemos no supermercado – conforme a dica da própria dona do quiosque !!!!! – no Chile eles comem doce na praia e não água de côco! rs) então, fizemos de tudo naquela praia e quando voltamos, as malas estavam exatamente onde deixamos, sob os olhos atentos do salva vidas (e malas!).

Eita país de gente boa e educada!!!

Conclusão- voltamos eu e o namorido apaixonados pelo Chile e pelos chilenos! Lembro que no próximo jogo entre Brasil e Chile, torci para dar empate! Eles mereciam! RS
Por isso, entendo perfeitamente a vontade do Valdivia de voltar pra sua terra natal e, ainda, seu desgosto em permanecer no Brasil... o texto que segue foi escrito por um jornalista e retrata com precisão as diferenças que pude viver na própria pele e que às vezes, me deixam com vergonha de ser brasileira...


O CHILE DE VALDÍVIA

“É preciso um olhar atento e sensível para entender a revolta e o sentimento de desespero do jogador Valdivia e de sua família, após o crime do qual o casal foi vítima, no fim de semana, e que o faz até pensar em abandonar o contrato e uma promissora carreira como atleta do elenco do Palmeiras.
Valdivia é chileno e foi criado em um ambiente onde o crime não compensa. O Chile é um dos países com menor índice de criminalidade do planeta, mais precisamente o terceiro melhor lugar do mundo para se viver sem o medo de ser assaltado, perdendo apenas para a Jordânia e o Chipre.
No Chile de Valdivia, não se joga lixo pelo chão e as pessoas só admitem parar de estudar quando completam pelo menos um curso superior e uma especialização.
No Brasil, nos acostumamos com arrastões que acontecem com freqüência nas praias, em prédios e em restaurantes localizados (pasmem!) nas redondezas das delegacias, numa clara demonstração da audácia e da sensação de impunidade dos ladrões.
A educação que se prolifera pelo Chile proporciona benefícios ainda maiores do que a limpeza que se verifica pelas ruas. Além de não ser um refém automático do crime, o chileno confia na polícia e esta tem ao seu dispor os mais modernos equipamentos tecnológicos para combater os eventuais incautos.
Por cá, temos ruas que são tão mal iluminadas que deveriam conter placas informativas sobre a probabilidade de que algum crime aconteça, como até um vereador de Guarujá chegou a sugerir certa feita. Temos câmeras bisbilhotando pelas cidades inteiras, mas suas imagens costumam ser mais utilizadas quando os crimes ganham destaque na mídia.
Há alguns dias, a polícia conseguiu montar os passos da esposa que esquartejou um empresário, graças às câmeras instaladas em toda a sua trajetória.
Foi com base nas imagens destas câmeras, também, que o bandido que tanto assustou Valdivia foi identificado e preso pela polícia paulista.
O homem comum clama por um pacto, entre aqueles que coletam o dinheiro de nossos impostos, para que o crime não compense também por aqui. O temor de ser furtado e perder o que se acumulou, da noite para o dia, é o pior dos pesadelos.
Portanto, na impossibilidade de nos mudarmos, todos, para o Chile de Valdivia, devemos arregaçar as mangas e nos engajar para forjar nestas terras o Brasil que queremos.”

(Texto publicado no Diário do Litoral – 14/06/2012 por Valdir Dias)

Eu, namorido (atual marido) e as malas em Viña del Mar - Chile.

O APEGO

Texto brilhante do professor e juiz Pablo Stolze:


O momento mais sublime da minha existência, sem dúvida, foi o nascimento das minhas duas filhinhas gêmeas. E, naquele 22 de novembro, algo me marcou profundamente. O esforço que todo ser humano faz, quando, abandonando a proteção do ventre materno, passa ter contato com o mundo exterior. Logo naquele primeiro instante, em que o cirurgião, afastando várias camadas de pele, invade o útero,... e retira, à força, aquela nova vida, a primeira reação experimentada é dolorosa, traduzindo-se em um choro agudo. Um choro forte e estridente. Necessário, aliás, pois, descobri, naquele mesmo dia, que o choro forte da criança é um bom sinal de saúde, segundo os médicos. Contudo, mais do que isso, é a primeira prova imposta pela vida. A primeira de muitas.

Por isso, naquele inesquecível dia, tomei consciência de que, ao longo da nossa jornada terrena, somos constantemente testados. Passamos por provações diárias. Provações que criam a oportunidade de um novo renascimento, de nos tornarmos amanhã melhores do que hoje. E, nesta árdua batalha, uma das mais difíceis missões é a vitória sobre o APEGO. Tenho medo desta palavra. O apego não se confunde com o amor. Ele é nocivo e perigoso. Ele se disfarça de amor.

O apego traduz uma profunda forma de aprisionamento. A prisão da própria alma. E se manifesta de diversas formas. Por exemplo. O APEGO AO OUTRO. Conheci alguém que viveu nesta masmorra, ao longo de um namoro, há muitos anos, em que, em vez da esperada paz que exala da rosa do verdadeiro amor, apenas nutria crises de ciúme, desassossego, e até mesmo, de falta de ar. E, quando perguntado sobre o motivo de manter aquele relacionamento, lamentava-se dizendo: “é que eu a amo”. Mentira. Era o apego mascarado de amor. Ele se enganava e enganava a outra pessoa.

Aliás, até mesmo quando quer conquistar alguém, não obtendo êxito na sua empreitada conquistadora, você já notou que, se deixar de adular, insistir, implorar, tornando-se mais reservado, a sua amada (ou amado) passa a notar você? Quantos namoros não surgiram assim... depois de um tempo implorando por um beijo, um simples “gelinho”, um afastamento breve, serve como o gatilho do relacionamento? E a razão é simples: não se conquista o amor apegando-se ao outro, pois isso é apego e o apego asfixia e sufoca. E não acaba por aqui, pois o mal tem muitas outras formas...

O APEGO AOS BENS MATERIAIS – pessoas que vivem exclusivamente em função do que ostentam. Uma vida vazia, maquiada por uma falsa alegria e nutrida por amigos de papel. Parasitas em torno do nada. Pobre materialistas. Esquecem a mais básica lei da física: tudo se transforma. Converte-se em energia. Até a matéria é energia. Por isso, a matéria, por ela mesma, nada é. O apego ao dinheiro é o apego ao nada. Ao dizer isso, não sou hipócrita e não posso negar a importância do conforto material. Mas, saber lidar com o dinheiro e com a matéria é uma arte sublime. Os que a desconhecem se tornam escravos do pó.

E o que dizer do APEGO ÀS IDEIAS?... Nunca esqueço o aluno que me mandou uma longa carta, afirmando que o seu sonho era ser Procurador da República. Belo sonho. Eu o incentivaria. Todavia, qual não foi a minha surpresa, quando, ao final da mensagem, ele peremptoriamente afirmava: “... e resolvi, professor, que acabarei o meu namoro, pois, assim, terei mais tempo para estudar”. Calma! O que é isso? – perguntei - Sua namorada lhe fez mal? O namoro lhe sufoca? “Não professor, eu até gosto dela – respondeu-me - é que eu prefiro a minha carreira ao meu namoro”. Lamentei profundamente aquela falsa prova de persistência. Lamentei profundamente perceber que o amor fora derrotado, em uma batalha que ele nunca travou. O amor jamais lutará contra o seu sonho. Muito pelo contrário. Dará sentido a ele. Senti, imensamente, que aquele aluno haja confundido a luta pelo ideal de ser Procurador com o apego doentio a uma ideia preconcebida. Não sei se ele foi aprovado. Só espero, em Deus, que ele haja vencido as provas, na árdua luta do concurso, mas, principalmente, que não tenha perdido a sua alma na implacável batalha da vida. Pois o apego somente conduz às trevas. Um abraço! Paz e luz, meus amigos do coração! Pablito

quarta-feira, 13 de junho de 2012

OM, YOGA, NAMASTÊ!


Meditação no yoga desta semana.... como sempre, PERFEITO!

Eu aceito as pessoas como elas são
Elas servem para o meu crescimento
Eu sou filha amada do Universo e ele cuida de mim

Coloque-se em uma posição confortável (sentado e de olhos fechados) e repita essas frases em voz alta, refletindo sobre seu significado e diminuindo a intensidade, até terminar repetindo apenas em sua mente...

NAMASTÊ!