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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

GRATIDÃO


Apesar das lutas e algumas decepções, termino 2014 com sentimento de gratidão.

Agradeço não a uma entidade específica, pois todos sabem que sou agnóstica, mas àquelas pessoas de carne e osso chamadas AMIGOS que fazem a minha jornada mais alegre;

Agradeço aos meus pais que me deram a oportunidade de viver e que sempre se esforçam para fazer a minha vida mais feliz;

Agradeço ao meu maridão por ser a pessoa que está sempre ao meu lado me fazendo MUITO bem;

Agradeço ao gatão por continuar escolhendo a minha companhia (gatos são livres e se estão com você é porque realmente te amam);

Agradeço aos cientistas que tanto se esforçaram esse ano para que o recomeço da vida (em Marte?) seja possível e para que a vida na Terra continue existindo (agradeço pelas pessoas que se esforçam de verdade, ao invés de esperar qualquer coisa “cair do céu”, como a cura do ebola, vacina contra malária, pousar em um cometa fora dos filmes, combater o câncer, etc, etc, etc http://en.wikipedia.org/wiki/2014_in_science)

Agradeço a mim mesma por ter seguido meus planos e conquistado meus objetivos e por continuar sonhando;

Agradeço àqueles que foram à luta, nas ruas, nas redes sociais, nas conversas entre amigos, em prol de um país melhor... agradeço aos BONS que não silenciaram ante o grito dos MAUS. E torço para que o grito por um Brasil melhor continue ecoando na pátria amada.

Agradeço a você que continua lendo meus escritos (esse ano sem livros, mas quem sabe ano que vem RS) e talvez nem sempre concorde comigo, mas agradeço por simplesmente me “ouvir”.

Desejo um ano novo simplesmente FELIZ! 

FELIZ 2015 PARA TODOS NÓS!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

VOU FALAR ENQUANTO AINDA POSSO!!


O que mais me preocupa na resolução petista divulgada no site do partido após a derrota no Congresso (http://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2014/11/Resolu%C3%A7%C3%A3o-Pol%C3%ADtica.pdf) não é nem a cara de pau de falar que a gagueira da Dilma demonstrou mais preparo que a eloquência do Aécio nos debates, mas o seguinte:

- a quantidade de vezes que se repetiu “reforma política” e “mídia democrática” sem explicar o que eles entendem ou querem que isso signifique. A liberdade de imprensa vigente hoje no país não é democrática o suficiente para petistas? Será que é porque a mídia escancara a corrupção do seu partido?

 - a desmilitarização da polícia militar, ao mesmo tempo em que chamam os seus apoiadores de “militância”

- “reforma das polícias e a urgente desmilitarização das PMs, cuja ineficiência no combate ao crime só é superada pela violência genocida contra a juventude negra e pobre das periferias e favelas” (ao invés de chamar a própria polícia de burra e racista, que tal investir na sua capacitação e remuneração que é uma das piores do mundo? Ou será que um país sem polícia é mais interessante pra quem deseja o totalitarismo esquerdista?)

- “ampliar a importância e os recursos destinados às áreas da comunicação, da educação, da cultura e do esporte, pois as grandes mudanças políticas, econômicas e sociais precisam criar raízes no tecido mais profundo da sociedade brasileira”; (o investimento em educação, comunicação e cultura tem o único objetivo de “enraizar a mudança política na mente das pessoas”??? Que educação totalitária e oportunista seria essa?)


Quando Maduro fala no vídeo de “Guerra psicológica” sobre o risco que a economia corre pela reeleição de Dilma, diz que a mesma “guerra” foi feita contra a Argentina (a “guerra” na verdade era um aviso: A Argentina hoje está falida!!!)... ele termina: “o Brasil vem reforçar a força revolucionária bolivariana do continente latino contra o imperialismo norte americano e do mundo”!!!!

Bolivarianismo = seguidor das ideias de Bolívar. Entre as ações de Maduro inspiradas na dita ideologia estão a mudança da Constituição da Venezuela de 1961 na chamada Constituição Bolivariana de 1999, que mudou o nome do Estado para República Bolivariana da Venezuela, (REFORMA POLÍTICA???) e outros atos como a criação e promoção de escolas e universidades com o adjetivo bolivariana, como o são as Escolas Bolivarianas e a Universidade Bolivariana da Venezuela. (RECURSOS DESTINADOS À EDUCAÇÃO PARA ENRAIZAR A MUDANÇA POLÍTICA???) A partir de 2005, começou-se a utilizar, além disso, o conceito de Socialismo do século XXI e a definir o caráter socialista da Revolução Bolivariana na Venezuela.

Aos desinformados, por favor, estudem um pouco sobre a situação da Venezuela nos dias de hoje.

ACORDA BRASIL!!!!!!

sábado, 4 de outubro de 2014

POLÍTICA SIM!!


Quem não reflete sobre política, esquece que tudo que acontece na política afeta a sua vida diretamente. Por isso é preciso votar sim! Deixar de escolher um candidato é deixar que decidam por você o que fazer com a sua vida.

Escrevo esse texto porque acredito que estamos vivendo um momento especial. Podemos finalmente tomar as rédeas do Brasil nas mãos dos brasileiros!! Vamos fazer com que os protestos que marcaram esse ano tenham valido a pena!! É hora de mudar!! Ninguém está satisfeito com a situação do país hoje. Eu não voto em partido, eu voto em PLANO DE GOVERNO.

Pontos do plano de governo do AÉCIO que me chamaram a atenção:

- Incentivar a PRODUTIVIDADE no poder público e acabar com essa história de funcionário público mamando do Estado. Quem trabalha mais, ganha mais por isso e assim, estimula-se o funcionário a atender melhor a população;

- O bolsa família vai continuar, mas o foco é a inclusão das famílias pobres no mundo de trabalho e renda. O Aécio vai EMPREGAR e LIBERTAR as pessoas para andarem com as próprias pernas. A bolsa não será mais uma forma de manter as pessoas eternamente dependentes do governo (e, portanto, votando eternamente na mesma pessoa, com medo de perder o benefício). Pobre deixa de ser pobre quando tem trabalho e não quando recebe esmola!

Quem viaja bastante pelo Brasil sabe que as empresas QUEREM CONTRATAR, mas não tem mão de obra qualificada!!! Quer dizer que o governo atual não dá educação de qualidade para que as pessoas possam ser empregadas!! O governo atual quer que as pessoas continuem sem trabalho e escravas dos seus limitados benefícios! Um país só se torna grande quando a população é livre para escolher o trabalho que quiser, com condições de realizá-lo!!
- Trabalho mais qualificado é significado de maiores salários e garantia de empregabilidade do trabalhador.

- Criação de um programa brasileiro de formação tecnológica, incentivando  a formação de técnicos, engenheiros e pesquisadores em áreas aplicadas, voltados para a qualificação profissional técnica e desenvolvimento da  capacidade tecnológica do país.

- Criação de programas específicos de formação e qualificação profissional, direcionados para as distintas faixas etárias, visando incorporá-los ao mercado formal de trabalho, com especial atenção àqueles que recebem o seguro-desemprego.


Quando esteve na presidência, o PSDB fez o SUS funcionar, criou o Programa Saúde da Família, os medicamentos genéricos e manteve investimentos altos no setor. A baixa remuneração dos médicos nos últimos 12 anos (durante o governo do PT), foi a causa da falência do SUS e da necessidade de chamar médicos de fora para atender a nossa população. As estatísticas mostram uma queda de investimento na saúde de 209% do governo do PT em relação ao governo anterior.  Para que os médicos possam trabalhar, precisam receber! Trazer gente de fora (pagando tão pouco que até os médicos de fora estão querendo desistir), ao invés de pagar quem estuda aqui dentro, é uma vergonha! Basta investir na saúde, como o PSDB sempre fez!


Quem é o único candidato que criou um “face to face” para responder as dúvidas dos eleitores? Quem é o único candidato que não foge das perguntas e apresenta um plano de governo DETALHADO, com SOLUÇÃO DE PROBLEMAS?


Vamos ajudar nosso POVO a crescer pessoal! Eu realmente acredito que o AÉCIO pode fazer isso!!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A bondade do ateu X a bondade do cristão



                        
De acordo com Karl Marx (ateu e idealizador de uma sociedade sem classes ou divisões raciais), a religião é uma ferramenta utilizada pelas classes dominantes para que as massas possam "aliviar" brevemente seu "sofrimento", através do ato de "experiências e emoções" religiosas. Marx afirma que é do interesse das classes dominantes inculcar nas massas a convicção religiosa que os seus atuais sofrimentos levarão a uma "eventual felicidade". Assim, enquanto as massas acreditarem na religião, eles não tentariam fazer qualquer esforço genuíno para compreender e superar a verdadeira fonte de seu sofrimento, o que, na opinião do Marx foi o seu sistema econômico não-comunista. Muitas vezes, interpretou-se que Marx defendia que a religião seria utilizada para "controlar as pessoas", e que seria o "ópio do povo". Esta é a principal razão que a maioria dos regimes comunistas no passado e no presente restringiram a liberdade religiosa e proibiram cultos religiosos.

Conclusão:  o ateu quer uma sociedade justa e igualitária


Encíclica Papal sobre a condição dos operários 15 de maio de 1891:

“Efectivamente, os progressos incessantes da indústria... a opinião enfim mais avantajada que os operários formam de si mesmos e a sua união mais compacta, tudo isto, sem falar da corrupção dos costumes, deu em resultado final um temível conflito. Por toda a parte, os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expectante, o que por si só basta para mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo.

...contra a natureza todos os esforços são vãos. Foi ela, realmente, que estabeleceu entre os homens diferenças tão multíplices como profundas; diferenças de inteligência, de talento, de habilidade, de saúde, de força; diferenças necessárias, de onde nasce espontaneamente a desigualdade das condições. Esta desigualdade, por outro lado, reverte em proveito de todos, tanto da sociedade como dos indivíduos; porque a vida social requer um organismo muito variado e funções muito diversas, e o que leva precisamente os homens a partilharem estas funções é, principalmente, a diferença das suas respectivas condições."

...Entre estes deveres, eis os que dizem respeito ao pobre e ao operário: deve fornecer integral e fielmente todo o trabalho a que se comprometeu..deve fugir dos homens perversos que, nos seus discursos artificiosos, lhe sugerem esperanças exageradas e lhe fazem grandes promessas, as quais só conduzem a estéreis pesares e à ruína das fortunas."

...Os costumes cristãos reduzem o desejo excessivo das riquezas e a sede dos prazeres... contentam-se enfim com uma vida e alimentação frugal, e suprem pela economia a modicidade do rendimento, longe desses vícios que consomem não só as pequenas, mas as grandes fortunas, e dissipam os maiores patrimônios. (vamos defender os maiores patrimônios contra a ganância dos pobres!!!)

...o trabalho tem uma tal fecundidade e tal eficácia, que se pode afirmar, sem receio de engano, que ele é a fonte única de onde procede a riqueza das nações. A equidade manda, pois, que o Estado se preocupe com os trabalhadores, e proceda de modo que, de todos os bens que eles proporcionam à sociedade, lhes seja dada uma parte razoável, como habitação e vestuário, e que possam viver à custa de menos trabalho e privações (Prover o básico para quem trabalha é muita caridade!!!)

...O trabalho muito prolongado e pesado e uma retribuição mesquinha dão, não poucas vezes, aos operários ocasião de greves. E preciso que o Estado ponha cobro a esta desordem grave e frequente, porque estas greves causam dano não só aos patrões e aos mesmos operários, mas também ao comércio e aos interesses comuns (comuns????)

...Certamente em nenhuma outra época se viu tão grande multiplicidade de associações de todo o gênero, principalmente de associações operárias. Mas é uma opinião, confirmada por numerosos indícios, que elas são ordinariamente governadas por chefes ocultos, e que obedecem a uma palavra de ordem igualmente hostil ao nome cristão e à segurança das nações: que, depois de terem açambarcado todas as empresas, se há operários que recusam entrar em seu seio, elas fazem-lhe expiar a sua recusa pela miséria.”

Conclusão: o cristão quer uma sociedade em que o pobre aceite que deve continuar pobre para proteger o patrimônio do rico

Seu mundo está de ponta cabeça???? Rsrs    ENTÃO LEVANTA E ACORDA!!!!

PS- Devo ressaltar que não sou a favor do comunismo da forma como foi desenvolvido. É importante lembrar que o seu idealizador nunca chegou a descrever como seria a concretização do comunismo e, portanto, tudo que se chama de comunismo hoje é uma subversão dos ideais marxistas.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

QUE DIFERENÇA VOCÊ FAZ?


Que diferença eu faço? Essa é a pergunta que persegue o ser humano desde quando percebeu sua existência no mundo. Dizem os cientistas que somos os únicos seres que raciocinam sobre a própria existência. A partir do momento em que divagamos sobre quem somos, surgem indagações implacáveis: “Por que estamos aqui?”, “Qual o sentido da vida?”, “Que diferença eu faço?”.

Tentar responder a essas perguntas ocupou a vida de grandes pensadores ao longo dos séculos. Fernando Pessoa disse: "Entre mim e a vida há um vidro tênue, por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar".

A verdade é que cada um de nós possui um conceito do que seja a vida e da diferença que fazemos, ao estendermos a mão para tocá-la.

Alguns podem dizer: “Eu faço diferença porque sou um bom pai de família”, “Eu faço diferença porque cuido dos animais”, “Eu faço diferença porque escrevi um livro” e todos estão absolutamente certos. O problema surge quando se pensa: “Eu não faço diferença”.

Como a borboleta que bate as asas e cria uma tormenta do outro lado do planeta, tudo e todos fazem diferença no mundo.

Às vezes precisamos de insights, momentos de clareza de pensamento, que nos permitem perceber nossa real importância.

Lembro-me de uma tarde de trabalho como outra qualquer, cheia de afazeres, de responsabilidades a serem cumpridas e expectativas a serem atendidas. O Fórum é realmente um lugar de expectativas. Pessoas de todos os cantos e de todos os tipos esperam pela solução de problemas que são só delas e, justamente por isso, têm a maior importância do mundo.

Fui chamada ao balcão para atender uma senhora acompanhada do neto e que aguardava a entrega de um termo de guarda.

Eu a informei que o termo estava pronto e faltava apenas a assinatura da Juíza, o que já providenciaria.

Ao ouvir minha informação, o preocupado garotinho perguntou à avó: “E se a Juíza não assinar?”. Eu discretamente me detive para ouvir a resposta: “Se ela não assinar, você não é meu”, disse a avó com triste ternura. O garotinho disparou temeroso: “Daí eu vou ter que voltar para aquela mulher!?” e imediatamente levantou os olhos para mim, como que indagando se o papel seria mesmo assinado. Eu lhe dirigi um sorriso sincero e caminhei apressada ao gabinete, em busca do que para mim não era mais uma simples assinatura.

De volta ao balcão, encontrei um garotinho saltitante aguardando pelo tão esperado papel. Entreguei o termo assinado à avó e pude notar as lágrimas em seus olhos ao me agradecer com um sorriso cheio de significado.
O nó que se formou em minha garganta não foi suficiente para segurar as lágrimas que também surgiram nos olhos.
Que diferença eu fiz nesse dia? Não sei dizer ao certo.
Outra pessoa poderia ter redigido aquele termo? Sim. Outra pessoa poderia ter entregado aquele termo? Com certeza. Mas, o fato é que fui eu que fiz. Os sorrisos foram direcionados a mim e as lágrimas, eu que partilhei. Essa foi a minha diferença naquele dia. E esse singelo momento de expectativa atendida, de problema resolvido e de felicidade incontida ficarão para sempre na minha memória, como um lembrete constante de que eu posso fazer a diferença!

Nas palavras do poeta Vahan Tekeyan:"O que me resta da vida? Como é estranho, só me resta aquilo que dei aos outros".

NAMASTÊ!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

PELO DIREITO DE ESCOLHA DA CESÁREA


Projeto de lei 7633/14 (do Jean Willis) para "humanizar" o parto... A princípio achei que fosse só uma hipocrisia para incentivar o parto natural (como se a rede pública fosse doida pra fazer cesárea - acho que a população desconhece a quantidade de processos pedindo indenização porque o parto foi forçado a ser natural, enquanto a cesárea era necessária), e se fosse só a hipocrisia dava pra engolir, mas conforme fui lendo o projeto, percebi a ATROCIDADE que pretendem fazer...


COISAS BIZARRAS:

Art. 14. Consideram-se ofensas verbais ou físicas, dentre outras, as seguintes condutas:
I - tratar a mulher de forma agressiva, não empática, com a utilização de termos que ironizem os processos naturais do ciclo gravídico-puerperal e/ou que desvalorizem sua subjetividade, dando-lhe nomes infantilizados ou diminutivos, tratando-a como incapaz;

II - fazer comentários constrangedores à mulher referentes a questões de cor, etnia, idade, escolaridade, religião, cultura, crenças, condição socioeconômica, estado civil ou situação conjugal, orientação sexual, identidade de gênero e paridade;

III - ironizar ou censurar a mulher por comportamentos que externem sua dor física ou psicológica e suas necessidades humanas básicas, tais como gritar, chorar, amedrontar-se, sentir vergonha ou dúvidas; ou ainda por qualquer característica ou ato físico tais como: obesidade, pêlos, estrias, evacuação, dentre outros;

INSERÇÃO RIDICULA E DESNECESSÁRIA, UMA VEZ QUE A MAIORIA DAS AÇÕES DESCRITAS JÁ É CRIME.


VI - realizar cirurgia cesariana sem recomendação real e clínica, sem estar baseada em evidências científicas, a fim de atender aos interesses e conveniência do(a) médico(a);

NÃO PRECISAVA SE PREOCUPAR PORQUE O SUS MATA A CRIANÇA, MAS NÃO GASTA COM CESÁREA, ALÉM DISSO, O MÉDICO VAI PRECISAR DE UMA ENCICLOPÉDIA NA SALA DE PARTO PARA CONSULTAR A "EVIDÊNCIA CIENTÍFICA" ANTES DO PARTO.


Art. 25 – Os índices de cesarianas nas instituições ou estabelecimentos obstétricos públicos ou privados de saúde suplementar não deve ultrapassar a média preconizada pela Organização Mundial da Saúde, pactuada com o Poder Executivo Federal em valores e períodos definidos pelo Ministério da Saúde, exceto em hospitais-maternidades de renomada referência setorial que possuam maior demanda de atendimentos de alto risco, que deverão pactuar oficialmente seus próprios índices.


ESSA É PRA BATER NO FDP que nunca vai parir um filho na vida e quer se meter na ESCOLHA das mulheres sobre realizar cesárea se quiserem... Quer dizer que se naquele mês o convênio já atingiu a "cota" de cesárea, a mulher vai ser obrigada a ter parto normal sem querer???


CONCLUSÃO:

A única coisa que vale nesse projeto de lei:

VIII – direito dea estar acompanhada por uma pessoa de sua confiança e livre escolha durante o pré-parto, parto e puerpério, nos termos da Lei no 11.108/2005;

IX – a ter a seu lado o recém-nascido em alojamento conjunto durante a permanência no estabelecimento de saúde, e a acompanhá-lo presencial e continuamente quando este necessitar de cuidados especiais, inclusive em unidade de terapia intensiva neonatal;

ACORDA BRASIL!!!!!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

"A Destruição de Adão"


Nos últimos dias passei por uma experiência fantástica, que me fez sentir exatamente qual é a dificuldade de um cristão deixar de “acreditar por acreditar”.

Quem me conhece sabe que sou fissurada em arte. Tenho uma parede de quadros em casa, representando cada época da história da pintura (renascentismo, impressionismo, cubismo...), além das esculturas. Desde pequena tenho uma fascinação por uma pintura específica: “A Criação de Adão”. Não sei se porque foi uma das primeiras grandes artes que me foram apresentadas, mas não descansei enquanto não fui até a capela sistina e tirei uma foto embaixo da famigerada pintura.

Acontece que eu não acredito na criação do homem através de deus. E, na tentativa desesperada de conciliar minha paixão por essa pintura e as minhas crenças pessoais, cheguei por muito tempo a “interpretar” a pintura como uma demonstração de que o homem está mais próximo de deus do que se imagina. Que se o homem pode tocar a deus (como na pintura), talvez o homem esteja apenas a um passo de ser deus e, com o caminhar da evolução, ele um dia chegará àquele estágio.

Sim, Michelangelo daria gargalhadas! A verdade é que a mente humana é muito criativa e, quando o desespero bate, criamos histórias como essa que eu criei, totalmente descabida, para esconder o óbvio que eu não queria aceitar: a pintura que eu tanto gosto representa uma idéia oposta ao que eu acredito.

Nos últimos dias, me peguei decidindo se colocaria aquele quadro de volta na parede. Por que manter uma representação daquilo que eu não acredito, só porque satisfaz um desejo emocional pela beleza, pela estética que me atraíram naquela arte?

Com muito pesar, decidi que aquele quadro que tanto admirei, por tantos anos, não tem mais espaço na minha casa. Não posso inventar uma interpretação obviamente falsa, só para justificar a minha vontade de manter aquela obra de arte na minha coleção.
E quando coloquei o quadro definitivamente atrás da porta, senti a dor e a angústia de um apaixonado que, pela primeira vez, deixa a emoção de lado e raciocina sobre o significado daquilo que adora.

Imagino como deve ser difícil para um cristão (apaixonado) deixar de lado a emoção e o conforto que uma boa história de “salvação pós morte” pode trazer, para raciocinar sobre aquilo que está adorando e, finalmente, admitir que aquela paixão é fruto, talvez, de um primeiro deslumbre por uma obra literária, que no final, não passa de uma simples obra de arte.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

COPA DOS TROUXAS


Uma seleção de futebol não representa o meu país. Não preciso torcer para um time de futebol, como se isso fosse trazer algum status privilegiado para o Brasil. Não preciso receber turistas com um sorriso idiota na cara, como se eles não soubessem a pouca vergonha que permeia esse lugar. Essa Copa de larápios só trouxe UMA coisa boa: a indignação que não pode abrandar!!

O povo parece finalmente ter entendido que nem só de pão e circo vive o homem. Enquanto o pãozinho é garantido na “bolsa” dos trouxas, os idolatrados jogadores de futebol ganham quantias absurdas simplesmente porque conseguem fazer uma bola rolar(?)... Enquanto outros trouxas investem seu dinheiro suado em FACULDADE, PÓS-GRADUAÇÃO, só pra receber umas migalhas a mais no fim do mês, os semianalfabetos da querida seleção recebem milhões porque sabem chutar uma bola (?)

Agora o mesmo povo trouxa resolve ser bonzinho e iludir-se com a propaganda governista de “receber bem os convidados para a Copa”, “Fazer bonito para o Brasil, porque o que tinha que dar errado já deu, não tem conserto”... O problema desse povinho brasileiro é que a maioria nunca saiu dessa terra de idiotas, nunca conheceu outra cultura para comparar o que tem de errado aqui. A maioria é pobre de bolso e de educação (convenientemente esquecida pelos políticos) e mesmo os que têm alguma educação, preferem gastar em roupas de “marca” pra parecer alguém, enquanto deveriam investir na própria cultura e descobrir que as mesmas roupas que compram aqui são vendidas lá fora a preço de banana.

Idiotas sem educação e sem dinheiro que compram uma TV nova só pra ver o circo em alta definição e depois passarão os próximos dois anos ralando pra pagar a super aquisição. Idiotas com educação e com dinheiro que compram ingresso de jogo e financiam a roubalheira que foi a construção dessa Copa, nesse país de trouxas! Trouxas com bolsa família e trouxas com bolsa Vitor Hugo!

Eu torço é para essa ilusão coletiva acabar logo no primeiro jogo, que essa seleção de milionários (muitos nem mais brasileiros são!!) perca essa Copa de trouxas e que as pessoas esqueçam o circo e voltem a pensar em mudar o país!

sexta-feira, 18 de abril de 2014

SEXTA-FEIRA SANTÍSSIMA


Acordei tão santa nessa sexta-feira que fui até cozinhar! Vi algumas maçãs na mesa e me lembrei de uma receita que vi compartilharem no facebook. Cacei a bendita na internet e comecei a empreitada. A massa até que foi fácil. O problema foi aquele creme divino.

Panela no fogo e eu mexendo sem parar. A receita foi específica: “mexa até engrossar”, mas aquele caldo não engrossava. O celular ali na mesa começa a receber mensagem. Eu não posso parar de mexer. A aflição toma conta... tem gente falando comigo e eu não posso responder. Quem ainda não foi picado pelo vício da tecnologia certamente será, assim que ganhar um celular com internet.

O suor começa a escorrer pela testa e o caldo nem perto de engrossar. Será que demora muito? Aumento o fogo, abaixo o fogo, olho pela janela e vejo um dia lindo lá fora. O que será que as pessoas estão fazendo de bom hoje? Mexo o caldo mais um pouco.

Essa torta vai ficar gostosa igual doce de padaria. Hum, será que a padaria está aberta hoje? Mexo o caldo mais um pouco. Quanta coisa dá pra pensar enquanto cozinho. Talvez devesse cozinhar mais vezes. Embora eu pudesse estar caminhando no bosque ou passeando no shopping agora... mexo mais um pouquinho. O caldo dá pista de que em algumas horas talvez engrosse. O dia continua lindo lá fora.

Quase hora do almoço. Minha paciência e vontade de tomar um banho gelado pra passar o calor aumentam e o caldo finalmente engrossa! Se ficar nervosa bastava, eu poderia ter ficado mais cedo.

Tiro da panela, coloco na geladeira para esfriar e como ainda precisa de umas três horas até ficar pronta pra comer, passo na padaria e compro um pedaço baratinho de torta pra aguentar enquanto espero.

domingo, 13 de abril de 2014

Por que acho que homossexuais deveriam ser os primeiros a abandonar a religião cristã



Todos já sabem que tenho muitas restrições quanto à religião cristã. Já escrevi muito sobre o que penso da bíblia (um embuste histórico traduzido e retraduzido que engana milhões até hoje) e também sobre os malefícios que essa religião trouxe ao mundo (violência, preconceito, desconhecimento, etc) MAS, hoje quero falar aos meus amigos homossexuais que ainda frequentam ou acreditam na religião cristã.

Eu sei que a grande força do cristianismo está na necessidade de acreditarmos em uma força maior, um Pai superpoderoso que vai nos defender contra todo mal (isso quando ele não estiver irritado conosco e resolver mandar tudo pro inferno, literalmente... RS)

Mas, acho que os homossexuais deveriam ser os primeiros a repensar essa necessidade emocional de acreditar no deus da bíblia, em prol de seu respeito próprio!

Não acho certo um homossexual se render ao apelo emocional de seguir uma religião, para ter a proteção divina, quando essa mesma religião (cristã) só o aceitará se ele esconder ou negar a sua natureza.

Qualquer homossexual sabe do que estou falando. Todos podem dizer o que quiserem sobre o homossexualismo, que é uma opção, que é uma doença, mas o homossexual sabe que não é uma opção e que se ele nasceu desejando o mesmo sexo, vai morrer desejando o mesmo sexo, ainda que resolva mentir para si mesmo. E é isso que a religião cristã quer que você faça. Minta para si mesmo e para todos dizendo que era gay e agora não é mais (aceitou Jesus?) ou que, ainda sentindo atração pelo mesmo sexo, você repreende isso (em nome de Jesus?) e se relaciona com pessoas do sexo oposto (as engana, seria o termo mais correto).

A bíblia é bem clara sobre o que “deus” pensa do homossexualismo:

Paulo começa a escrever Romanos convocando as pessoas a seguirem o seu deus e, como todo “convite” bíblico sempre há uma punição caso as pessoas não aceitem “espontaneamente”. Ele diz daqueles que não estavam glorificando o deus dele: “Deus, em harmonia com os desejos dos seus corações, entregou-os à impureza, para que seus corpos fossem desonrados entre si... é por isso que deus os entregou a ignominiosos apetites sexuais, pois tanto as suas fêmeas trocaram o uso natural de si mesmas por outro contrário à natureza e, igualmente, até os varões abandonaram o uso natural da fêmea e ficaram violentamente inflamados na sua concupiscência (lascívia) de uns para com os outros, machos com machos, praticando o que é obsceno e recebendo em si mesmos a plena recompensa que se devia ao seu erro." (Romanos 1:24-27)

Se raciocinarmos um pouco sobre esse texto, veremos que naquela época ainda não existiam estudos (como hoje) para saber que, na verdade, o homossexualismo não é contrário à natureza, mas bem comum na “criação”... Paulo podia não conhecer esses estudos naquela época, mas se deus é onisciente, por que diria por meio de seu discípulo que aquilo era contrário à natureza? (Quando será que as pessoas vão perceber que a bíblia não tem nada a ver com deus?) E mais, se deus criou os homens para querer as mulheres, por que ele diz que: “em harmonia com os desejos dos seus corações, entregou-os à impureza”? Se a NATUREZA, O CORAÇÃO daqueles homens desejava o mesmo sexo, deus admite que os criou dessa forma... não é no mínimo contraditório?? Ou só mostra que Paulo escreveu sobre sua própria discriminação contra os homossexuais e ainda atribuiu isso a deus?

A bíblia continua:

"Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com homens... herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6:9-10)

Acho que aqui o texto é bem claro. O deus da bíblia não gosta de homossexuais. Agora, você pode acreditar no que o seu pastor/padre diz que, se você se casar com alguém do sexo oposto ou simplesmente deixar de “deitar com homens” estará salvo... mas, você acha mesmo que esse teatrinho vai lhe garantir o “céu”? Homossexualismo não é opção e um deus de verdade não criaria você de uma forma para depois, na habitual contradição bíblica, pedir que você seja quem não é.  Abra os olhos.

Eu poderia citar outras passagens bíblicas condenando o homossexualismo, mas acho que basta.

Alguns homossexuais que ainda precisam se sentir “amados” pelo deus da bíblia insistem em dizer que deus não condenou o homossexualismo e que na própria bíblia há relatos de relações homossexuais, entre Davi e Jonatã por ex. (Samuel II, 1:26 “Tu me eras muito agradável, teu amor a mim era mais maravilhoso do que o amor das mulheres”)

Dizem que não foi gratuitamente que Miquelângelo (também homossexual), escolheu o jovem Davi, nu, como modelo de sua famosa escultura de Florença, Itália.

Mas, sejamos realistas, essa é só mais uma passagem na bíblia que as pessoas interpretarão como melhor lhes convier. Os homossexuais tentando defender sua fé dirão que Davi era gay e os religiosos dirão que o tal amor por Jonatã era “amor espiritual”. A verdade é que os cristãos abominam a homossexualidade e só aceitam o homossexual na religião se for para mudá-lo e você, homossexual, sabe que isso não é possível.

Mas, não escrevo esse texto para transtorná-lo e sim para alertá-lo que precisa abrir os olhos e ser feliz de verdade, sem mentir para si mesmo ou para os outros!

A natureza é a prova viva de que se deus criou alguma coisa (eu acredito na evolução - na verdade não é uma crença, a evolução é comprovada - mas se você quer acreditar no criacionismo, então siga esse raciocínio), se deus criou tudo que há, então ele criou metade dos animais com instintos homossexuais e não é um texto de dois mil anos, escrito sob pressão política, traduzido de inúmeras formas contraditórias que deve forçá-lo a acreditar que um deus de verdade teria dito aquilo que está na bíblia, contra sua própria criação.  (http://hypescience.com/como-o-gene-gay-e-passado-adiante/)

Minha intenção é fazer com que homossexuais que ainda seguem a religião cristã parem e reflitam sobre o que estão fazendo. Vale a pena esconder sua natureza e deixar de ser feliz, em prol de uma suposta proteção divina? Que proteção e que amor são esses que preferem que você minta para todos e para si próprio, para que ele possa te amar?

Se existe um deus que te ama e te protege, certamente não é esse deus que inventaram na bíblia. Convido a todos que leram esse meu texto a tirar um tempo para lerem a bíblia!! SIM, leiam a bíblia, de verdade, para que possam refletir e acordar sobre o que estão acreditando. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

SOBRE OS JOVENS INFRATORES E SEUS POUCOS SONHOS


Em tempos de revolta popular contra o sistema penal que não penaliza o jovem infrator,  em tempos que a sociedade brada pelo tratamento de jovens como adultos e anseia por trancafiá-los em prisões que são escola do crime, vejo uma palestra de pessoas que tentam honestamente melhorar as condições do jovem infrator, através de parcerias com a sociedade civil, oferecendo oportunidade de estudos, emprego e um plano de vida fora do crime.

Hoje participei de uma palestra organizada pelo Tribunal de Justiça sobre o PIA (plano individual de atendimento) criado pela lei 12.594/12. Esse atendimento individual é destinado aos menores infratores quando encaminhados para cumprimento de medida sócio-educativa.

Tenho a nítida impressão que tal plano já deveria ter sido criado juntamente com o ECA há quase 25 anos, mas antes tarde do que nunca. A verdade é que o PIA veio complementar o ECA na medida em que tenta individualizar as internações (principalmente) de adolescentes e tenta de fato ressocializá-los, ao invés de só penalizá-los pelo ato infracional.

Não sei se em razão da nobre influência que sofri do promotor com quem iniciei minha vida profissional e que atua na área da infância e juventude, mas ainda hoje tenho essa esperança de que o jovem infrator pode ser educado e retirado da vida do crime.

A palestra contou com profissionais de várias áreas (promotoria, defensoria, magistratura, secretaria da Fundação Casa...) e foi uníssona ao mostrar o despreparo do Estado no cumprimento da lei. A cidade de SP tem aproximadamente 6 mil menores de 18 anos infratores, sendo que quase 3 mil (metade) vem de uma zona específica da cidade de SP. Em estudo de campo, foi constatado que essa zona não oferece sequer quadra esportiva em condições de uso para que esses jovens tenham lazer. Hoje o lazer da periferia é participar de “rolezinhos” e comprar artigos de “marca”, pois não são ensinados a valorizar o “ser” ao invés do “ter”. O Estado não oferece o mínimo de lazer e cultura para que esses jovens não se ocupem com coisas erradas.

A maioria dos jovens infratores, em sua primeira entrevista, afirma que sua vida não vai durar mais que 3 anos e que fatalmente terminará em algum dos 3 “c”: cadeia, cadeira de rodas ou cemitério. Com essa perspectiva, eles não têm motivos para deixar a vida do crime, pois querem aproveitar ao máximo o pouco que lhes resta, ainda que seja tirando dos outros.

O PIA tem a intenção de criar uma expectativa de futuro nesses jovens, mostrar possibilidades de vida e germinar sonhos que os façam crer em uma vida melhor e possível. Sem expectativa de futuro, não há razão para esforços. A profundidade desse plano está justamente em implantar nos jovens aquilo que o Estado não conseguiu nas escolas e os pais não conseguiram em casa: uma meta de futuro. Uma sociedade falida que não presta educação de qualidade e uma família desestruturada há gerações, que não consegue transmitir ideais aos filhos, precisa ser resgatada na última instância da vida, ou seja, na medida sócio-educativa, quando o jovem já entrou no crime e agora tem como última esperança a atuação das equipes multidisciplinares do PIA para torná-lo humanizado novamente.

O depoimento do coordenador da Fundação Casa traz esperança de ressocialização quando informa que mais de 800 jovens infratores passaram no último ENEM e 40 no ProUni (para educação superior). Mas, somente a educação obrigatória não conscientiza. O PIA tem uma missão muito maior, de criar sonhos nesses jovens e a crença de que é possível uma vida melhor.

O coordenador diz que muitos jovens chegam à Instituição para cumprir medida de internação e relatam querer apenas sorrir, pois os dentes estragados não deixam. Lá, passam por cuidados com dentista e saem com os dentes bonitos e um pingo de esperança nos olhos.

A situação degradante da nossa sociedade, em razão do desleixo estatal com a saúde, a educação e a cultura, se reflete nitidamente nesses jovens sem sonhos, com desejos consumistas irreais e sem afeto ao próximo. No final da linha, existem pessoas engajadas em melhorar o que poderia ter sido evitado muito antes.

Antes tarde do que nunca.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Terrorismo religioso


O terrorismo motivado pela religião tornou-se um problema global. O terrorismo religioso (…) cresceu de modo a desafiar a estabilidade política nacional e internacional durante os anos 90 e no começo dos anos 2000. A frequência dos ataques sectários e as suas vítimas cresceram rapidamente durante este período. (…) A violência religiosa continuará a ser um aspecto central do terrorismo do século XXI. Os terroristas religiosos tornaram-se também adeptos do recrutamento de novos elementos, organizando-se em células semi-autónomas através de fronteiras nacionais, (…) e atacando consistentemente alvos que simbolizam os interesses inimigos. (…) Contrariamente às acções relativamente cirúrgicas dos esquerdistas seculares dos anos anteriores, os terroristas religiosos provaram ser particularmente mortíferos (...) Esta espécie de letalidade tornou-se um elemento central do terrorismo religioso internacional.
Gus Martin (California State University), Understanding Terrorism , 2003, p. 389.

De fato, paralelamente aos veementes apelos à paz e à fraternidade e à superação moral do Homem, a origem da violência religiosa (pelo menos simbólica) reside nas próprias raízes da super-estrutura religiosa e do seu imaginário, particularmente nas imagens de morte que estão no cerne das religiões (Juergensmeyer). Assim, a violência existente em muitos textos religiosos é indesmentível e mesmo a história de algumas religiões está semeada de episódios violentos, desde o seu início, incluindo “mandatos divinos de destruição” (M.J.).

Desde logo, importa recordar as teorias clássicas de:

- Émile Durkheim (Formes élémentaires de la vie religieuse, 1912), a separação entre o sagrado e profano.
- Rudolf Otto (O Sagrado, 1917), o “numinoso”, o “totalmente outro”, a ambivalência do sagrado, “tremendo e fascinante”.
- Freud: pulsão de vida e pulsão de morte; eros e tanathos.
- Mary Douglas (Purity and Danger, 1966), o puro e o impuro, poluição e “tabu”; anomalias e abominações.

E as teorias mais recentes de:

- René Girard (La Violence et le Sacré, 1972), da “violência (recíproca indiferenciada) mimética” ao “mecanismo (purificador e pacificador) da vítima expiatória ou emissária” (“que está na origem da sociedade, da cultura e da religião”); a morte sacralisadora (“por ser morta, é que a vítima é sagrada”); o rito religioso como comemoração simbólica dessa violência fundadora, “visando acalmar a violência e impedi-la de se desencadear”; o sacrifício e os ritos sacrificiais; a violência sacrificial; sangue e ritos sangrentos; bodas e realeza sagradas: a morte do Rei (“o rei é sagrado porque vai ser morto”) - Ver também o artigo de Alfredo Teixeira “Violência e Cultura” in Religião e Violência, Peter Stilwell e outros, Universidade Católica Portuguesa, 2002.
- Maurice Bloch (Prey into hunter, 1992/La Violence du Religieux, 1997), “núcleo do processo ritual”, a “estrutura mínima fundamental dos rituais” (“quase-universal”), em três fases: 1ª. violência) “a dicotomização interior ao participante”; 2ª. violência) “é dada ao iniciado a parte transcendente da sua identidade a qual passa a dominar ao longo da sua vida”; 3ª. violência) a “violência de retorno” (que está na origem da violência religiosa), isto é, “o consumo agressivo de uma vitalidade adquirida, que é diferente daquela que foi perdida à partida”; iniciação: da morte para a vida: “inversão do processo natural”.
2) Religiões históricas e violência nas três religiões do Livro (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) o Hinduísmo, etc. (cf. dir. Anand Nayak, Religions et violences, 2000).

- A violência pode nascer em “religiões duras” – opostas às religiões “doces”, em que existe um harmoniosa articulação entre as esferas divina, humana e natural - ou nas facetas “duras” das religiões, a saber, naquelas em que a submissão à autoridade divina é mais forte, conduzindo à repressão, ao proselitismo e à segregação (estabelecendo a distinção entre “eleitos” e “malditos”). As formas religiosas que têm um Deus transcendente parecem conduzir mais à violência do que aquelas que apresentam um Deus imanente.

- “A doutrina religiosa pode estar na origem de violência, pois ao ser uma origem de salvação, ela dispensa verdades, que pela sua natureza se apresentam como absolutas e universais, às quais se acrescentam leis e obrigações que regulam a prática religiosa. Por vezes, se a doutrina pode conduzir à paz e ao amor, a prática pode conduzir à discriminação e à violência, tal como a institucionalização da religiões e as relações de poder a ela associadas.

- “A relação do poder com a religião pode dar origem à violência, até porque os símbolos religiosos, se podem conduzir à paz e à harmonia, são também extremamente poderosos no suscita do ódio e da violência – o poder dos símbolos (religiosos).

Textos religiosos (das “grandes religiões”)

- Judaísmo: a Tora (o Antigo Testamento):
Vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé (Deut. 19, 21), Mas as vidas destes povos que o Senhor te dá como herança são as únicas onde tu não deixarás subsistir nenhum ser vivo (Deut., 20, 15-18),

- Cristianismo: o Antigo Testamento e, também, o Novo Testamento, pe., Cristo não traz a paz, mas o fogo e a espada (Lucas, 12, 49), a expulsão violeta dos vendilhões do Templo (Marcos, 11, 15-17). Acrescento a Batalha de Jericó em que Josué grita ao povo: “O senhor vos tem dado a cidade...Toda a prata, o ouro e os vasos de metal e de ferro são consagrados ao senhor. E tudo quanto havia na cidade destruíram totalmente ao fio da espada, desde o homem até a mulher”. (Ainda se esse episódio ficasse esquecido no meio de tantos outros que os próprios cristãos se envergonham da bíblia, mas a verdade é que essa conquista de Jericó é exaltada e cantada em todas as escolas dominicais batistas, para crianças aprenderem desde cedo a GUERREAR pelo senhor...)

- Islamismo: o Corão, a “jihad”, Combatei no caminho de Deus os que lutam contra vós …Deu não ama os transgressores. Matai-os sempre que os encontreis… Se eles vos combaterem, matai-os: tal é a retribuição dos incrédulos (II, 190-191), malditos (os hipócritas) onde quer que se encontrem, eles serão capturados e mortos segundo o costume de Deus…(XXIII, 60-62).

- Hinduísmo: os sacrifícios védicos e as guerras do Mahabarhata.

- Fundamentalismo: é reativo à modernidade e utiliza seletivamente os textos religiosos – que considera terem uma origem divina e, logo, inquestionáveis – que sejam apropriados ao combate contra a modernidade. Além disso, os grupos fundamentalistas definem o mundo de uma maneira dicotómica ou “maniqueísta”: as coisas e as pessoas, são boas ou más, verdadeiras ou falsas, luminosas e obscuras, puras ou impuras, fiéis ou infiéis, etc., etc. Os fundamentalistas definem-se a si próprios como participantes numa luta sem compromisso para defender os primeiros contra os segundos.

Para os terroristas religiosos, eles estão participando numa “guerra cósmica” (M.J.), um confronto escatológico entre as forças do Bem e do Mal que exige o martírio e o sacrifício dos seus atores. A religião é um meio privilegiado como agente de honra – que vinga a dignidade (religiosa, política, social, nacional, económca, etc.) e afirma a identidade, passando simbolicamente da humilhação à afirmação identitária absoluta, sagrada (cf. o “eu sagrado chamânico” de Jacob Pandian, Culture, religion and the sacred self, 1991) - e também de legitimação da resistência, da luta, da guerra – que é tremenda e fascinante.

O fundamentalismo é (não apenas, mas também, dizemos nós) um produto da frustração (com a falta de perspectivas), da humilhação e das condições retrógradas e existem muitas forças sociais e políticas no mundo islâmico determinadas a fazer progressos no sentido de reduzir ou talvez mesmo erradicar o fundamentalismo.

Bibliografia
- James e Brenda Lutz, in Global Terrorism, Routldge, London, 2004
- Leonard Weinberg, Ami Pedazuhr eds., Religious Fundamentalism and Political Extremism, Frank Cass, London, 2004
- Dawn Perlmutter, Investigating Religious Terrorism and Ritualistic Crimes, 2004, - - - - Bruce Lincoln, Holy terrors, 2003
- Jessica Stern, Terror in the name of god, 2003
- Jean Baudrillard, The spirit of terrorism, 2002
- Mark Juergensmeyer, Terror in the mind of God, 2000
- Hélder Santos Costa, O Martírio no Islão, 2003,
- Bernard Lewis, The crisis of Islam: holy war and unholy terror, 2003,
- John Esposito, Unholy War: terror in the name of Islam, 2002,
- Olivier Roy, L’Islam mondalisé, 2002,
- Yonah Alexander, Michael Swetnam, Usama bin Laden’s al-Qaida, 2001,
- Ahmed Rashid, Os Taliban, 2001,
- Gilles Kepel, Jihad, expansion et déclin de l’islamisme, 2000,
- Bernard Lewis, The Assassins,1967
- Ehud Sprinzak, Brother against brother, 1999,
- Aviezer Ravitzky, Messianism, Zionism and Religious Radicalism, 1993
- Jeffrey Kaplan, Radical Religion in America, 1997,
- Michael Barkun, Religion and the Racist Right, 1997
- Thomas Robbins e Philip Lucas eds., New Religious Movements in the 21st Century, 2004,
- David Bromley and J. Gordon Melton, Cults, Religion and Violence, 2002,
- Catherine Wessinger, How the Millenium comes violently, 2000,
- John Hall, Apocalypse Observed, 2000,
- Catherine Wessinger, Millenium, Persecution and Violence, 2000,
- Thomas Robins e Susan Palmer, Millenium, Messiahs and Mayhem, 1997
- Gilles Kepel La revanche de Dieu, 1991
- Gus Martin, Understanding Terrorism , 2003
- Mark Juergensmeyer ed. Violence and the Sacred in the modern world, 1992
- dir. Anand Nayak, Religions et violences, 2000

Texto retirado do blog http://www.joseanes.com/

“Como cada nova geração de crianças aprende que as proposições religiosas não precisam ser justificadas, como todas as outras precisam, ainda está sitiada pelo exército dos irracionais. Estamos agora mesmo nos matando, por causa de literatura da Antiguidade. Quem imaginaria que uma coisa tão tragicamente absurda seria possível?” DEUS- Um delírio - Richard Dawkins

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ANO NOVO, YOGA DE NOVO!!


Feliz ano novo, galera!  Dessa vez não teve mensagem de fim de ano e de começo de ano já vem atrasada...rs Então, vamos ao que interessa: o primeiro post de 2014!!

Nos últimos dias li pela primeira vez o meu livro querido: “Como Vencer o Transtorno do Pânico” impresso!!! Sim, virando página por página, sentindo aquele cheiro delicioso de papel impresso... ahh, fanáticos por leitura vão me entender!! E sabendo que é meu bebê fica melhor ainda!!! Só sei que me emocionei de novo, ri de novo, chorei de novo, como se fosse a primeira vez que estivesse lendo aquilo ou mesmo se não tivesse sido eu que escrevi!!!  São os deleites de quem ama ler e escrever...rs

Bom, fiquei com vontade de compartilhar aqui no blog um trecho do capítulo sobre YOGA... acreditem, eu quase copiei do livro impresso até que lembrei que tenho tudo em arquivo no computador (kkkkkkk), então aqui vai:

“Eu já disse que as dificuldades são piores, dependendo de como reagimos a elas. Grande parte desse pensamento me foi ensinado nas aulas de yoga.
Yoga serve como um harmonizador entre corpo e mente. Para quem olha de fora, parecem apenas exercícios de alongamento, mas isso é o benefício mais simples que o yoga fornece.
A palavra sânscrita yoga tem diversos significados e deriva da raiz yuj, que significa "controlar", "unir". Algumas das traduções indicam "união", "conjunção". Fora da Índia, a prática de yoga mais conhecida é o Hatha Yoga, através de seus asanas (se pronuncia “ássanas” e são as posturas praticadas na aula) e encarada como uma forma de exercício e relaxamento.
O Yoga enxerga o ser humano como uma consciência dentro de um veículo físico (o corpo). Esse corpo pode sofrer influências negativas e positivas, vindo tanto da mente do próprio indivíduo quanto de fatores externos. Seu objetivo é integrar o corpo e o pensamento (ou essa consciência) de maneira a alcançarmos o samádhi ou a iluminação da consciência.
O Hatha Yoga, linha que pratico, busca através de asanas, pranayamas (formas de respiração), meditação e toda uma ética, a purificação física e psíquica, para que a divindade interior possa brilhar em toda a sua magnitude.
Destaco a importância de encontrar um professor de yoga que tenha a plena consciência de sua capacidade de transmitir os benefícios da prática, não somente através dos asanas, mas da meditação que acompanha as aulas, das conversas, das idéias lançadas aos alunos e de todo o ambiente criado em torno da prática. Posso dizer que tive a sorte de encontrar professores com essa consciência.
Diferente do que muita gente pensa, não é necessário ser budista, esotérico ou acreditar em nada exótico para praticar Yoga e receber seus benefícios, basta apenas praticá-lo regularmente.

Sempre que estou em alguma posição difícil (nesse caso, quero dizer posição física- literalmente contorcida no colchonete em algum asana esquisito), sentindo todos os tendões sendo alongados, com cara de dor e querendo desistir, o professor passa ao meu lado com aquele ar sereno e diz: “A dor é um fato. O sofrimento é opcional. Avalie a sua mente neste momento. O que você quer fazer?”.
Então eu relaxo o semblante, agüento firme e termino o asana tranquilamente, pensando que venci a vontade de desistir.
Durante as aulas, o professor pode lançar idéias que, se soubermos aproveitar, se transformam em verdadeiros conceitos de vida.
Parece uma situação boba e pequena, mas os reflexos desses pensamentos e a autoconfiança que vamos adquirindo servem para qualquer ocasião, de qualquer tamanho e intensidade.
Já ouvi várias pessoas dizendo que yoga é parado demais, chato demais. Quem pensa assim, deveria experimentar uma única aula.

Meu marido costuma se exercitar na academia, levantando peso. Certo dia resolveu participar de uma aula de yoga comigo, porque precisava “relaxar”. Sua atitude, no início, chegava a ser displicente. Pude notar certo descaso em relação à prática à qual me dedico tanto. Ri muito quando, no final da aula, ele reclamou de dor em quase todos os tendões que foram alongados e não conseguia andar direito devido à tonificação de músculos que ele nem sabia que tinha.
Claro que o yoga não deve deixar dores. Por isso o relaxamento induzido, após a prática, evitando que sensações desagradáveis permaneçam. Mas, como era a primeira aula dele, como seu corpo não estava acostumado a se alongar e certamente sua dedicação ao correto posicionamento nos asanas não foi das melhores, ele sentiu os reflexos. Pessoalmente, posso dizer que fiquei feliz com os reflexos, pois confirmaram o que eu sempre dizia: “yoga não é para molengas!!”.

A primeira indicação de tratamento auxiliar para crises de ansiedade é o yoga.
No yoga aprendi a observar meu comportamento, meus pensamentos, sem me identificar com eles. Meu corpo pode estar sentindo dor, mas eu não preciso sofrer por causa disso. Meu corpo pode estar com batimento cardíaco acelerado, mas eu não preciso me desesperar por causa disso. Como o professor sempre diz, é só um corpo. Um corpo que deve ser respeitado e bem tratado, mas no final das contas é só um corpo, cujas reações não devem ser supervalorizadas.
A ansiedade é uma emoção voltada para o futuro. Seu corpo está presente, mas sua mente está voltada para o futuro, esperando que algo de ruim aconteça.
Quando estamos ansiosos, vemos claramente a divisão entre o corpo e a mente, cujo objetivo do yoga é unificar. Parte de nós está presente (o corpo) e parte está se projetando para frente (a mente), em um cenário construído mentalmente cheio de incertezas e toda sorte de perigos.
Toda pessoa que apresenta algum transtorno ansioso vive esta divisão, com forte projeção mental no futuro, mesmo que um futuro próximo, criando na mente cenários que trazem sofrimento intenso e constante, por antecipação: “vou passar mal”, “vou ter aquilo de novo”, “vou morrer”, “vai dar errado”, etc.
Quando conseguimos canalizar nossa atenção unicamente ao momento presente, a ansiedade tende a diminuir drasticamente, ou mesmo se dissipar. Quando a mente retorna para as pré-ocupações com o futuro, a ansiedade reaparece.
Um primeiro modo de se fazer presente é se observar, se perceber, mesmo estando mentalmente preocupado com o futuro.
Feche os olhos e observe seus pensamentos. Dedique alguns minutos a isto.

Esse ensinamento está muito claro no livro de Eckart Tolle, “O Poder do Agora”16.
Eckart ensina que nada existe além do Agora. “Você alguma vez vivenciou, realizou, pensou ou sentiu alguma coisa fora do Agora? Acha que conseguirá algum dia? É possível alguma coisa acontecer ou ser, fora do Agora? A resposta é óbvia, não é mesmo? Nada jamais aconteceu no passado, aconteceu no Agora. Nada jamais irá acontecer no futuro, acontecerá no Agora. O que consideramos como passado é um traço da memória, armazenado na mente, de um Agora anterior. Quando lembramos do passado, reativamos um traço da memória e fazemos isso agora. O futuro é um Agora imaginado, uma projeção da mente. Quando o futuro acontece, acontece como sendo o Agora”.

Não podemos deixar que a mente nos use e nos faça crer que somos a mente. Somos algo muito acima da mente. Por isso, podemos observá-la, sem nos identificar.
Os pensamentos no estado ansioso geralmente seguem padrões repetitivos, manifestando preocupações – “estou passando mal”, “devo ter uma doença séria”, “aquilo vai acontecer de novo”, “e se der errado” etc. – criando cenários catastróficos, levando você a se sentir cada vez mais ansioso. Estes pensamentos negativos automáticos são responsáveis pela ansiedade presente, por toda a angústia que vivemos.
No yoga aprendemos a desenvolver o “eu que observa”. Em todos os asanas, somos incitados a observar nossos pensamentos e a maneira como encaramos a dor, a falta de equilíbrio (físico, no caso do asana, mas nossa postura certamente se reflete no desequilíbrio emocional e mental). Assumimos uma atitude de espectador e de não identificação com os pensamentos. Simplesmente observando nossos pensamentos, começamos a aprender sobre nós mesmos e sobre nosso funcionamento mental. Percebemos como existem pensamentos automáticos que dominam a mente e levam a um estado ansioso.
Como a pergunta do meu professor: “Qual sua vontade agora?”, infelizmente desistir e fugir são pensamentos automáticos que aparecem à maioria das pessoas. Mas, desistir no momento de uma crise de pânico significa se render aos sintomas horríveis e deixar que eles dominem seu corpo e sua vida. Hoje, para mim, isso não é uma opção aceitável.
No momento da prática, você não precisa se preocupar em frear ou mudar os pensamentos. Tudo que precisa fazer é reconhecer como sua mente funciona e quais os pensamentos automáticos que surgem, causando a ansiedade. A meta, durante a prática, é de reconhecimento e aceitação, não de controle.
Você vai começar a perceber que o perigo não está presente, mas é cultivado através destes pensamentos negativos voltados para o futuro.
Quando você deixa de ser o “eu que pensa” e passa a ser o “eu que observa”, você começa a enfraquecer estes pensamentos automáticos, reconhecendo que eles são apenas pensamentos e não são você.
Um exercício para treinar o “eu observador” que aprendi no yoga é tentar assistir um filme de terror dando risada e um filme de comédia ficando extremamente sério. Assim, ensinamos ao nosso cérebro que, não importa o que está acontecendo ao nosso redor, não precisamos nos identificar com nada, apenas observar e, assim, controlar nossa reação frente a qualquer coisa.” Extraído do livro: “Como Vencer o Transtorno do Pânico” de Vanessa Fagundes, disponível em Como Vencer o Transtorno do Pânico