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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Adoro um "tapa na cara" intelectual!

Hoje passei por uma dessas situações que adoro! Ver que algo em que eu acreditava não é verdade. Esses “tapas na cara” são ótimos para estimular o raciocínio.

Tenho a ATEA no face (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) e já compartilhei vários posts deles. Infelizmente me deparei com um post calunioso em relação à figura do papa (líder religioso que não defendo, não sigo e apenas admiro esporadicamente), então fiz meu comentário repudiando o post intelectualmente, o que criou um “rebú” histórico naquela página, com 2/3 de likes no meu coment, comparado aos likes do post deles (e crescendo!)... a ponto de a página responder ao meu coment em outro post falando que “se não gostou dislike”.

Isso me fez pensar em como a arrogância pode cegar as pessoas mais brilhantes. Respeito a ATEA como um grupo que luta contra as atrocidades religiosas, MAS acho que como uma das maiores páginas de ateísmo do facebook deveriam tomar mais cuidado com o tipo de imagem que passam, especialmente aos “indecisos” que poderiam tomar gosto pelo raciocínio, mas por conta de ataques arrogantes podem acabar se perdendo para a religião e deixando que outros pensem por eles.

No estatuto social da ATEA vemos o objetivo de “divulgação científica” ao que pouco se presta nos últimos tempos, substituído por chacotas de mau gosto que não estimulam o raciocínio, servindo apenas para afastar possíveis adeptos e difamar os livres pensadores de um modo geral.

Entre os seguidores vejo “crianças intelectuais” assumindo uma identidade de ateus simplesmente para radicalizar. Não entendem que o ateísmo e o agnosticismo tem a ver com “pensar fora da caixinha”, questionar o que tomam como verdade e estar ciente de que ninguém é dono dela, nem mesmo aquele que duvida.

Ser agnóstica pra mim é motivo de orgulho, porque representa uma vida independente de crenças alheias (mesmo que vc pense que sua religião é sua, ela foi insculpida na sua cabeça por seus pais, avós, padre/pastor), uma vida de liberdade de pensamento, mas NUNCA uma vida de ataque a outra pessoa simplesmente por pensar diferente de mim.

Claro que por ser livre pensadora, acabo ofendendo aqueles que não admitem quem pensa diferente deles, mas com esses não me importo, porque sempre serão vítimas de seus próprios preconceitos.

Não gosto de ver pseudo intelectuais agindo em nome de todos os ateus/agnósticos com o único objetivo de caluniar, ofender, ridicularizar, sem qualquer acréscimo intelectual.

Me irritam ateus que agem com maldade só para se diferenciar dos pseudo-santos religiosos... ninguém é inteiramente bom ou mau e assumir uma identidade má, desrespeitosa, cruel só para se firmar contra a religião é estupidez. Tanta estupidez quanto virar adorador do “diabo” só porque ele é o “inimigo dos crentes”. Não somos maus por sermos ateus/agnósticos e não devemos fazer os outros acreditarem nisso. Somos amigos da razão, somente isso. Somos aqueles que ponderam, duvidam, buscam por respostas que não nos foram dadas em troco de dízimo.


Por isso, a ATEA e nenhuma outra associação jamais me representará. Eu penso sozinha e continuarei assim.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PRECISA-SE DE NOVA REVOLUÇÃO FEMINISTA - URGENTE

Nos últimos tempos, os legisladores deste país tentam agir como se donos fossem dos corpos das mulheres e pudessem decidir, por elas, qual procedimento adotar por ocasião do nascimento de seus filhos.

Espalham notícias de que a cesárea faz mal à mulher e ao feto (falácia desmentida por inúmeros estudos e médicos) e tentam impor o parto natural, como se ele também não pudesse trazer prejuízo à mulher e ao feto (ruptura da musculatura uterina; bexiga caída; prolapso de órgãos pélvicos; o bebê pode ser prejudicado durante um fórceps ou ter sofrimento fetal – quando os médicos não percebem que o feto já está morrendo de tanto esperar para nascer “naturalmente”).

Tomando por exemplo um país desenvolvido, na Suíça as cesáreas representam 1/3 dos nascimentos e estão aumentando. O médico diz que “a situação é um reflexo da nossa civilização, da necessidade de segurança e controle, do desejo de planejar o trabalho e a vida familiar e - por último, mas não menos importante - da independência das mulheres. ‘Cesarianas seguras são possíveis graças aos avanços médicos e elas são um conforto que estamos prontos a pagar’".

O governo suíço encomendou um estudo para analisar a questão, mas acabou declarando em fevereiro que as causas e efeitos não podem ser avaliadas de forma conclusiva por causa de interações complexas. (http://www.swissinfo.ch/por/obstetr%C3%ADcia_parteiras-su%C3%AD%C3%A7as-descontentes-com-cesarianas/35738202)

É certo que a OMS (Organização Mundial da Saúde) em um congresso realizado em Fortaleza (sim, a palhaçada obviamente veio daqui) chegou à conclusão (infundada) de que a taxa de cesárea deve limitar-se a 15% da população (?!). Mas, a própria OMS admite que não há estudos conclusivos sobre os benefícios de NÃO se realizar a cesárea.  (http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/161442/3/WHO_RHR_15.02_por.pdf)

O engano ocorre quando se considera o índice de mortalidade na cesárea, minimamente superior ao parto natural, sem observar que em muitos casos de cesárea, os riscos de mortalidade são pré-existentes, daí porque se optou pela cesárea, para tentar salvar mãe ou bebê.

Por causa de interpretações mal feitas, originadas no tal congresso, o Brasil (como autêntico país hipócrita e mesquinho) tira vantagem para favorecer interesses obscuros.

A desconfiança de que o SUS quer desonerar seu cofres, deixando de realizar cesáreas é indiscutível. Agora, além do SUS, querem desonerar os planos médicos particulares, obrigando a uma “taxa de cesária máxima” permitida no país.

A questão que se impõe é “tem o Governo o direito de decidir como a mulher cuida do seu corpo?”

Ainda que se diga tratar-se não apenas do corpo da mulher, mas da vida do feto, repito a pergunta: “tem o Governo o direito de decidir como a mulher cuida da sua prole?” Sim, porque as decisões que ela toma, desde a concepção, já dizem respeito à criação do próprio filho. Os riscos que ela assume (seja escolhendo a cesárea ou o parto natural – ambos com sua dose de perigo), são intrínsecos do poder familiar.

Se respeitamos a escolha de certos pais, que proíbem transfusão de sangue nos filhos, por motivos meramente religiosos, porque não respeitaríamos a mulher que deseja parir por cesárea?

Sabemos que o Brasil é um país que tende ao paternalismo, no sentido de decidir pelos cidadãos como eles devem agir, em qualquer setor da vida. Decidem, por nós, que não somos capazes de portar armas porque podemos ferir uns aos outros (enquanto isso, não conseguem evitar que os bandidos as portem e matem o cidadão de bem, desprotegido); decidem, por nós, que podemos sobreviver com “bolsa isso”, “bolsa aquilo” ao invés de gerarem educação/emprego para que possamos ganhar o quanto quisermos ou pudermos; decidem, por nós mulheres, que não podemos fazer cesárea porque parto natural é melhor (baseado em estudos contraditórios e uma filosofia mesquinha de economia que não se diz abertamente); decidem, por nós, que a mulher que não deseja ter filho e teve a infelicidade de estourar a camisinha na transa, agora não pode ter acesso à pílula do dia seguinte, porque isso é aborto (baseado em filosofia religiosa altamente controversa, presente num estado TEORICAMENTE LAICO).

Até quando vamos deixar que mandem em nossas vidas, com intenções egoístas e até filosóficas das quais potencialmente discordamos?

O art. 226, § 7º da Constituição Federal diz que “Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.”

Esse artigo, somente, seria suficiente para impedir qualquer projeto de lei tendente a abolir o direito da mulher de planejar seu próprio parto, da maneira como melhor lhe convier e, mais, sendo DEVER do Estado propiciar os recursos científicos necessários para a realização da cesárea, caso seja essa a opção da mulher.

Mulheres, vamos tomar as rédeas de nossas vidas!

Não vamos deixar que a sociedade nos oprima novamente, de maneira sórdida, fazendo com que acreditemos que a opressão é para o nosso próprio bem!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

MANIA DE DOROTHY

Por que certas coisas que as pessoas falam nos incomodam a ponto de nos fazer confrontá-las?

Seria o ego? A vontade de que pensem como nós? Pode ser que sim, afinal, o ego é parte importante de cada um e não sei se conseguimos fugir dele. Mas, acho que às vezes é uma vontade genuína de demonstrar um outro ponto de vista.

A maioria dos cristãos, especialmente os católicos, não faz cambalhotas intelectuais para tentar explicar as historinhas da bíblia quando elas se tornam absurdamente estúpidas... eles simplesmente mudam de ideia (agora o relacionamento gay é permitido;  agora o divórcio não deve mais excomungar ; por aí vai).

Mas, algumas ramificações religiosas são mais criativas que outras. Acho que para criticar precisamos saber do que estamos falando, por isso acabo lendo textos de alguns religiosos tentando explicar as situações da vida, de acordo com o “raciocínio” da bíblia... digo raciocínio entre aspas mesmo, porque às vezes a explicação parece com o seguinte:  

“O mágico de Oz criou tudo que existe, inclusive o leão e o espantalho, mas daí resolveu fazer eles sofrerem para ver se eles gostavam mais ainda do mágico... mas, o mágico não pode ser o cara mau, então ele criou o Capitão Gancho pra colocar a culpa de tudo de errado que acontecesse, mas na verdade é o mágico que faz tudo, tá? Porque ele é onipotente. Ah, a Sininho é sua fiel ajudante.”  


Se você escutasse alguém dizendo isso teria vontade de ajudá-lo, certo? Então, acho que é essa vontade que me domina às vezes, MAS, preciso lembrar que os fanáticos pelo Mágico de Oz não gostam quando a Dorothy revela seus segredos ... talvez devessem lembrar que no final ela e o artista de circo ficam amigos. rsrsrs

quarta-feira, 11 de março de 2015

Por que ir às ruas no dia 15 de março?

Vejo surgir um novo grupo na sociedade que chamo de petistas enrustidos. Aqueles que agora têm vergonha de assumir o próprio partido, mas continuam tentando sabotar qualquer ato contra essa quadrilha que se instalou no governo, com argumentos pífios como: "o PT tem programas sociais, o PT tirou pessoas da miséria". A sociedade precisa ficar atenta com esse tipo de gente que, seja por ignorância ou interesses escusos, planta a dúvida sobre a necessidade de mudanças.

Não é aceitável que a sociedade se conforme com a corrupção institucionalizada como acontece no governo PT.  

É preciso explicar o que significa “corrupção institucionalizada”. 

Os petistas enrustidos gritam nos nossos ouvidos: “sempre houve corrupção” e isso é verdade. Gente ruim existe em todo lugar. Mas, os corruptos eram criminosos isolados, sem subordinação ao governo. O dinheiro que um ou outro corrupto desviava ia para seu próprio bolso e lá ficava. Não que isso seja certo, mas a coisa ficou monstruosa a partir do governo petista, quando tal corrupção tornou-se parte da instituição, ou seja, não eram mais criminosos isolados, mas todo o partido começou a se beneficiar de desvios de dinheiro do cidadão, para garantir a sua manutenção no poder. Como? Com milhões da Petrobrás financiando suas campanhas, com a compra de votos de parlamentares para aprovar projetos de interesse do partido (E NÃO DA SOCIEDADE), etc, etc... Isso é institucionalizar a corrupção, ela não é praticada apenas por indivíduos isolados, mas por todo um partido (em formação de quadrilha) que distribui NOSSO DINHEIRO entre eles, como se isso fizesse parte do seu salário e com o único objetivo de se manter no poder.

Quem ainda defende o PT pelos programas sociais deveria estudar minimamente a história do país para descobrir que o PT não criou nada para a sociedade, mas somente agrupou Bolsa Escola, Auxílio Gás, Bolsa Alimentação e Cartão Alimentação criados no governo anterior, em um nome só: “bolsa família”. O problema é que todos esses programas se tornam esmola perto dos milhões roubados dos cofres públicos pelo PT.

Cuidado com os petistas enrustidos que dizem: a Dilma foi eleita por voto popular e pedir seu impeachment é burlar a democracia. Meus caros, se houver motivo de impeachment E HÁ, estamos apenas exigindo o cumprimento da lei. O processo de impeachment é longo? Sim, mas isso não é motivo para evitá-lo, além disso, muito provavelmente ele não precisará chegar ao fim porque a tendência é o processado renunciar antes, como aconteceu com Collor (o objetivo será atingido da mesma forma e mais rápido). Sim, sabemos que o vice assume quando a Dilma sair e, ainda assim, essa é a melhor opção que temos no momento.

Por isso, meus amigos, vamos às ruas no próximo dia 15 de março para demonstrar que sabemos o que queremos e não deixaremos petistas enrustidos e envergonhados boicotarem um movimento tão bonito de reação social que está surgindo. Vamos mostrar que somos informados e sabemos muito bem o que queremos: FORA DILMA, FORA PT!!!!!