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sábado, 12 de maio de 2012

Consciência

Ter a consciência do que significa uma xícara passa por sabermos quantas pessoas manipularam e transformaram o objeto, até que se chegasse ao formato que hoje tem.
É lembrar-se que, nos primórdios da evolução terrestre, o ser humano segurava uma folha de árvore, dobrando-a para reter um pouco de água.
É ver alguém em dado instante, pegar um pouco de barro, modelá-lo, pô-lo para secar, depois queimá-lo até que possa colocar água sem que derrame.
Os primeiros vasilhames eram, portanto, de um valor que hoje não alcançamos. Eram utilizados como cálices sagrados, em celebrações aos deuses, à terra, à água, ao fogo, ao ar, na compreensão e integração total de suas existências, através do amor e do reconhecimento à Deus.
Através dos elementos básicos da vida, a transformação constante da natureza. Enfim, ser Deus e humano.
Hoje pegamos uma xícara sem a consciência de todo esse percurso, não reconhecendo esse tempo, essa glória que se tem às mãos, de forma tão simples e pura. Não se dá o devido valor, porque o dinheiro compra tudo.
Enquanto isso ocorrer, o ser humano continuará a ser pobre, mesmo habitando num palácio.

Do livro “Sentidos” de Manoel Messias Lobo

Um comentário:

  1. hummm profundo esse texto né amiga???? kkkk bjo

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