Existem maneiras de ser virtuoso sem tornar-se o pobre homem honesto que vive em apatia e buscando a retidão apenas pelo medo da represália alheia.
A inclusão do superior, não implica na identificação com o comum, mas na convivência benéfica. O trunfo do superior é entender o burro, façanha esta impossível de ser recíproca. E justamente por ter esta vantagem, deve usá-la a seu favor. O superior sabe que provoca inveja no burro e que essa inveja tem um poder enorme de tornar a sua vida um pouco pior. E não adianta dizer que sua superioridade o torna imune a intrigas porque seria hipocrisia e este sentimento não se enquadra em alguém superior. Então, uma vez que se admita que, de fato, algumas atitudes de burros podem atingir o superior, deve-se usar a capacidade de entendê-los a seu favor.
Não comentar as próprias glórias aos burros. Não dividir conquistas.
Dizem que os superiores não se tornam íntimos de ninguém, talvez seja esse o motivo... sabem que a maioria estúpida que povoa o planeta, só espera uma oportunidade para apunhalar o invejado inteligente e a burrice, por vezes, não impede a capacidade para a desfaçatez, o que pode ludibriar o inteligente que imagina ter encontrado alguém medíocre, porém sincero e confiável, e inadvertidamente faz brotar no coração do burro amável, a semente da inveja e do desejo de destruir o que não pode alcançar.
A qualidade da inteligência deve ser aprimorada para uma interação social. Não há necessidade de isolar-se como Nietzsche, maldizendo todos que respiram (grande pensador, mas com pouquíssima paciência RS), entretanto, não precisa nivelar-se ao burro e sua pobreza espiritual. Deve aplicar sua inteligência para o meio termo.
(Minhas divagações sobre o tema...escritas há algum tempo...)
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